Deputado pergunta na tribuna se Deltan esconde patrimônio

Às vésperas do julgamento nesta terça-feira (15), pelo TSE que pode cassar seu mandato, o deputado Deltan Dallagnol (Podemos) enfrentou uma série de perguntas do deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) que sugerem, no mínimo, que o parlamentar esconde o patrimônio, entre outras supostas falcatruas.

“É verdade, senhor Dallagnol, que o senhor autorizou o pagamento de diárias e passagens para sua equipe consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União e que o senhor foi condenado a devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos?”, perguntou Braga nesta quinta-feira (11), da tribuna da Câmara dos Deputados.

Em outra, o deputado do PSol quer saber se é verdade se Dallagnol usou a sua posição no MPF para faturar com palestras.

Investigação
Em entrevista ao Brasil 247, o deputado carioca defendeu uma investigação sobre o patrimônio do ex-procurador. “Dois imóveis de mais de R$ 1 milhão”, disse o parlamentar. Segundo o congressista do Psol, algumas denúncias apontaram que Dallagnol “teria negociado e comprado em nome de familiares quatro lojas em shopping diferentes no Paraná colocadas em nome de terceiros”.

O deputado citou a Petrobrás. “Tentativa bilionária de desvio: fazer com que recursos bilionários da Petrobrás sob a justificativa de ser um fundo de enfrentamento à corrupção e que seria de uma organização de natureza privada. Dallagnol manejaria (o dinheiro)”, continuou.

“Tinha imóveis milionários e recebia auxílio-moradia. Objeto de questionamento público. Comprou imóveis do Minha Casa Minha Vida, que tem subsídios de natureza federal. Dois imóveis comprados por valores subsidiados, um deles vendido depois por valor superior. Fez especulação imobiliária”, complementou.

A partir de 2019 começaram a ser divulgadas conversas entre membros do Judiciário paranaense no contexto da Lava Jato. A publicação dos diálogos ficou conhecida como Vaza Jato.

Segundo as trocas de mensagens, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) agia como uma espécie de assistente de acusação quando era juiz da Lava Jato, ao interferir na elaboração das denúncias feitas por promotores do Ministério Público Federal (MPF-PR).

Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Dallagnol a indenizar o presidente Lula em R$ 75 mil por causa da apresentação do PowerPoint em 2016.

Outro lado – O Correio procurou o deputado Deltan Dallagnol para comentar o assunto. Esse texto será atualizado com a resposta.

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