Foz ganha mais seis parques naturais urbanos

Foz do Iguaçu terá seis novos parques naturais municipais em áreas caracterizadas como fragmentos florestais de vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, localizadas na área urbana.
Os espaços somam 75 hectares (750 mil metros quadrados): Bosque dos Macacos, no Jardim Ipê; Bosque Guarani, na região central; do Horto Municipal, na região do Porto Meira; do Jardim Jupira, no trecho entre a Avenida Paraná, BR-277 e Vila A; e o Córrego Brasília e Triângulo Verde, na vila C.
De acordo com a prefeitura, a criação das Unidades de Conservação (UCs) teve como ponto de partida um acontecimento negativo, a derrubada de árvores de um lote particular anexo ao Bosque dos Macacos do Jardim Ipê, ocorrido há aproximadamente um ano.
Houve uma comoção social, repercussão na imprensa nacional e mobilização contra esta e outras ações contra áreas verdes na cidade, duas delas de iniciativa da Prefeitura: o corte de árvores na rua Pedro Basso e a escolha de uma praça arborizada para construção de uma escola na Vila Yolanda. As árvores da Pedro Basso, que representam um dos cartões portais da cidade, foram poupadas, e a redução da área verde da Praça das Aroeiras, ainda está num impasse.
Desde então, o município realizou através da Secretaria de Meio Ambiente uma série de tratativas envolvendo várias instituições públicas, privadas e comunidade, incluindo a realização de duas consultas públicas, além de levantamento da fauna e flora, topografia e delimitação do perímetro, levantamento da documentação, entre outros. Todo o procedimento permitiu algumas desapropriações de áreas privadas.
Participação da comunidade
O município também criou a Divisão de Planejamento Ambiental e Unidades de Conservação (DVPUC) para a gestão das UCs, que começa a ser implantada a partir de agora, informou a secretária de Meio Ambiente, Angela Meira. A iniciativa inclui a realização de planos de manejo individual para cada um dos parques municipais e o Conselho Consultivo, que poderá ser único ou um para cada unidade.
A implantação de cercas, trilhas de passeio e áreas de visitação será definida após a realização dos planos de manejo, “caso a caso”. “Agora precisamos formar os conselhos, ou um apenas, para construirmos juntos essas soluções”, disse o diretor de Licenciamento e Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Jorge Pegoraro. Para isso, serão chamados para participar universidades públicas e privadas, Ongs (organizações não governamentais), instituições públicas entre outras.
A intenção é que todas tenham, além de áreas de visitação, trilhas para integrar as comunidades. “Os planos de manejo vão incluir tudo isto, além de áreas de recuperação ambiental e de preservação. Será feito um zoneamento de cada parque”, informou Pegoraro.
Todo o procedimento será voltado para garantir a integração e interação da comunidade. “Isso será garantido pelo poder público, a presença da comunidade nos parques é muito importante para garantir o sucesso desta iniciativa de sustentabilidade”, afirmou Chico Brasileiro. Contamos com esta participação”, concluiu.
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